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Questões sobre falácias
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Ana: João, isso é uma falácia!
João: Sim, e das grandes! Eles estão enganando todo mundo!
O uso da palavra "falácia" por João e Ana está correto?
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Sim, porque qualquer informação falsa, como dizer que o sol gira em torno da Terra, pode ser chamada de falácia.Incorreta. Em filosofia e lógica, falácias não são qualquer informação falsa, mas sim erros específicos de raciocínio. Falácias são armadilhas mentais ou ilusões que podem enganar alguém a acreditar que algo falso é verdade ou a tirar conclusões erradas, mas nem toda falsidade é uma falácia.
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Não, porque é uma mentira, enquanto uma falácia é um erro de raciocínio que pode ocorrer mesmo com premissas verdadeiras.Correta. Neste contexto, a palavra 'falácia' foi usada de forma inadequada. Uma falácia é um tipo de erro de raciocínio que ocorre quando uma conclusão é mal fundamentada, mesmo que as premissas possam ser verdadeiras. A afirmação de que o sol gira em torno da Terra é simplesmente incorreta, ou seja, é uma falsidade, e não um erro de raciocínio como em uma falácia.
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Sim, porque falácia e mentira são sinônimos, ambos usados para descrever qualquer tipo de engano proposital.Incorreta. Falácia e mentira não são sinônimos. Uma mentira é uma declaração feita com a intenção de enganar, apresentando algo falso como verdade. Já uma falácia é um erro de raciocínio em um argumento, onde a lógica é falha. Portanto, eles têm definições distintas, e não devem ser usados intercambiavelmente.
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Não, porque falácias são apenas erros cometidos em debates, enquanto mentiras são afirmações falsas feitas com intenção de enganar.Incorreta. Falácias podem ocorrer fora de debates formais; são enganos no raciocínio que podem surgir em qualquer contexto ao argumentar algo. A definição de falácia não está limitada a erros cometidos em debates, mas sim a erros no processo de raciocínio, independente da intenção ou contexto de uso.
Qual é a principal diferença entre falácias formais e informais?
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As falácias formais são erros na estrutura lógica do argumento, enquanto as falácias informais são erros que envolvem o conteúdo ou o contexto do argumento.Esta alternativa está correta. Falácias formais são aquelas em que há um erro na estrutura do argumento. Ou seja, mesmo que as premissas sejam verdadeiras, o argumento não é válido por conta da sua forma. As falácias informais, por outro lado, não têm a ver exatamente com a forma, mas com o conteúdo do argumento ou com o contexto em que ele é feito. Erros de raciocínio que envolvem ambiguidade de linguagem, relevância de evidências ou ad hominem são exemplos de falácias informais.
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As falácias formais são baseadas em deduções inválidas, enquanto as falácias informais são baseadas principalmente em premissas falsas.Esta alternativa está parcialmente correta, mas não captura toda a diferença. Enquanto falácias formais são de fato baseadas em deduções inválidas (erros na estrutura lógica), as falácias informais nem sempre se baseiam em premissas falsas. Elas podem envolver premissas verdadeiras, mas a conclusão não se segue logicamente das premissas porque o raciocínio é enganoso por conta de aspectos como irrelevância ou ambiguidade.
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As falácias formais sempre envolvem ataques pessoais, enquanto as falácias informais envolvem comparações inadequadas ou generalizações.Esta alternativa está incorreta. Falácias formais não têm a ver com ataques pessoais; isso é uma característica das falácias informais, mais especificamente de uma falácia conhecida como ad hominem. Além disso, as falácias informais podem envolver generalizações inadequadas ou comparações inadequadas, mas não se limitam a isso.
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As falácias formais ocorrem apenas em debates científicos e mais "formais", enquanto as falácias informais aparecem em discussões cotidianas.Esta alternativa está incorreta. A classificação de falácias como formais ou informais não depende do contexto em que surgem, como debates científicos ou discussões cotidianas. A diferença está na estrutura e no conteúdo/contexto do argumento, não no ambiente em que são utilizados.
Carla - Isso não faz sentido, Mateus. Na verdade, Deus não existe, porque até hoje ninguém conseguiu provar que Ele existe.
Que tipo de falácia ambos, Mateus e Carla, cometem em seus argumentos?
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Ad hominem abusivo, porque ambos estão desqualificando a crença do outro, atacando o fato de o outro acreditar ou não na existência de Deus.Incorreto. A falácia Ad hominem abusivo ocorre quando alguém ataca pessoalmente seu interlocutor em vez de confrontar o argumento. Aqui, tanto Mateus quanto Carla estão discutindo a existência de Deus sem fazer ataques pessoais um ao outro, portanto, não estão cometendo essa falácia.
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Apelo à ignorância, porque ambos estão argumentando que a ausência de provas definitivas a favor ou contra Deus significa que suas respectivas posições devem ser verdadeiras.Correto. Mateus e Carla estão cometendo a falácia do Apelo à Ignorância. Esta falácia ocorre quando alguém alega que algo é verdade apenas porque ainda não foi provado como falso, ou vice-versa. Mateus argumenta que Deus existe porque ninguém provou que Ele não existe, e Carla argumenta o contrário, que Deus não existe porque ninguém provou que Ele existe. Em ambos os casos, eles estão usando a falta de provas como evidência para uma conclusão definitiva, o que é um erro lógico.
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Generalização apressada, porque ambos estão tirando conclusões amplas sobre a existência de Deus em fatos insuficiente e não comprovados.Incorreto. A falácia da Generalização Apressada ocorre quando alguém tira uma conclusão geral a partir de uma amostra pequena ou não representativa. No caso de Mateus e Carla, eles não estão pegando exemplos insuficientes para fazer uma conclusão ampla; eles estão baseando suas convicções na falta de evidência empírica, o que caracteriza mais um Apelo à Ignorância.
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Apelo à autoridade, porque ambos estão sugerindo que a falta de evidências sobre Deus vem de fontes ou autoridades confiáveis, o que valida suas posições.Incorreto. A falácia do Apelo à Autoridade ocorre quando alguém alega que algo deve ser verdade porque uma autoridade ou especialista disse que é, sem considerar evidências mais pertinentes. Mateus e Carla não estão citando autoridades para validar suas posições; estão errando justamente por converter a falta de prova em prova de veracidade.
Que tipo de falácia o argumento de Carlos representa?
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Falácia do acidente, porque ele aplica uma regra geral (a ideia de proteção em ambientes fechados) a um caso específico onde a regra pode não ser relevante.Essa alternativa está incorreta. A falácia do acidente acontece quando uma regra geral é aplicada a um caso específico sem considerar exceções. No argumento de Carlos, ele não parte de uma regra geral sobre proteção em ambientes fechados para aplicar a situações específicas. O que ele faz é uma comparação entre dois casos diferentes (máscaras e capacetes) que ele considera equivalente, o que caracteriza uma falsa analogia, não a aplicação indevida de uma regra geral.
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Falsa analogia, porque ele está comparando duas situações que envolvem contextos e níveis de risco muito diferentes, tornando a comparação inadequada.Essa alternativa está correta. O argumento de Carlos é uma falsa analogia, porque ele compara o uso de máscaras a usar capacete dentro de casa, o que parece inadequado. O uso de máscaras durante uma pandemia em locais fechados é uma medida de proteção contra a transmissão de vírus, enquanto usar capacete dentro de casa não é uma medida de proteção reconhecida em circunstâncias normais. Portanto, os contextos e riscos associados não são equivalentes, e a analogia falha em capturar as nuances de cada situação.
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Generalização apressada, porque ele está assumindo que em todos os ambientes fechados o uso de máscaras é desnecessário, sem considerar os diferentes tipos de locais e situações.Essa alternativa está incorreta. Uma generalização apressada ocorre quando se tira uma conclusão geral baseada em uma quantidade insuficiente de evidências. Carlos não está fazendo isso, pois ele não baseia seu argumento em poucas observações ou exemplos, mas sim em uma comparação inadequada entre duas coisas diferentes. Dessa forma, o problema não é a generalização, mas a comparação que ele faz.
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Post hoc, porque ele está sugerindo uma relação de causa e efeito incorreta entre o uso de máscaras e a necessidade de proteção em ambientes que não apresentam riscos.Essa alternativa está incorreta. A falácia post hoc se refere a afirmar que, porque um evento seguiu outro, o primeiro causou o segundo. No argumento de Carlos, ele não está explicitamente afirmando que o uso de máscaras causa desnecessidade de proteção em ambientes seguros de uma maneira temporal. Em vez disso, ele compara duas situações que considera similares. Portanto, o erro não é sobre causalidade incorreta, mas sim sobre comparação inadequada.
Fábio - Como podemos levar suas opiniões a sério? Você nunca se preocupou com o meio ambiente antes e, até pouco tempo atrás, nem reciclava o lixo em casa!
Que tipo de falácia Fábio comete ao desqualificar o argumento de André?
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Ad hominem abusivo, porque ele está atacando o caráter e o passado pessoal de André para desqualificar sua opinião sobre o meio ambiente, em vez de discutir o argumento.Esta alternativa está correta. A falácia ad hominem abusivo ocorre quando se ataca o caráter ou as circunstâncias pessoais da pessoa em vez de tratar do argumento em si. No caso apresentado, Fábio tenta desqualificar a opinião de André sobre a proteção ambiental ao falar sobre o comportamento passado de André, em vez de discutir os méritos ou deméritos do argumento que André apresentou sobre a necessidade de mais regulamentações ambientais.
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Post hoc, porque ele está associando a mudança de comportamento de André a um problema mais amplo, sem estabelecer uma relação causal.Esta alternativa está incorreta. A falácia post hoc refere-se a concluir que um evento é a causa de outro apenas porque ocorre antes dele. No argumento de Fábio, não há uma questão de sequência temporal ou causalidade entre eventos identificada; ele não está apontando que uma ação de André causou outra. Se estivesse, seria necessário que Fábio dissesse algo como "Agora que você recicla, o mundo está pior", o que não é o caso aqui.
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Apelo à autoridade, porque ele está sugerindo que André não tem autoridade para falar sobre o meio ambiente com base em seu comportamento anterior.Esta alternativa está incorreta. O apelo à autoridade é uma falácia que ocorre quando se alega que algo é verdade apenas porque uma autoridade ou especialista diz que é verdade, ou sugere que alguém não pode fazer uma afirmação porque não é uma autoridade. Aqui, Fábio não está se referindo a uma autoridade externa nem está baseando sua crítica na falta de autoridade de André, mas sim em suas ações passadas.
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Falsa analogia, porque ele está comparando a opinião atual de André com seu comportamento anterior, sugerindo que uma mudança de postura o desqualifica para opinar.Esta alternativa está incorreta. A falsa analogia ocorre quando se faz uma comparação que é inválida porque os elementos comparados não são suficientemente semelhantes para sustentar a conclusão sugerida. No caso do argumento apresentado, Fábio está utilizando o passado de André para atacar sua credibilidade atual em geral, não estabelecendo uma comparação direta ou analogia entre elementos distintos.
Clara - Eu sei bem como é! Outro dia o meu horóscopo dizia para eu "ficar atenta a energias tensas ao meu redor". Mais tarde, tive uma discussão com meu irmão. Esses avisos astrológicos fazem muito sentido, sempre acontece algo depois!
Que tipo de falácia Marcos e Clara cometem ao concluir que a astrologia funciona porque eventos ruins aconteceram após lerem seus horóscopos?
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Post hoc, porque eles estão assumindo que, só porque um evento aconteceu depois do outro, o primeiro foi a causa do segundo.Correto! Marcos e Clara estão cometendo a falácia "post hoc, ergo propter hoc", que significa "depois disso, logo, por causa disso". Eles acreditam que, apenas porque um evento aconteceu após outro (lerem o horóscopo e depois os eventos ruins), o primeiro causou o segundo. Isso é enganoso porque duas coisas acontecendo em sequência não implicam uma relação de causa e efeito.
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Ladeira escorregadia, porque eles estão sugerindo que, se a astrologia funcionou nesses casos, ela sempre preverá eventos futuros.Incorreto. A falácia da "ladeira escorregadia" sugere que um evento irá inevitavelmente levar a uma série de outros eventos, geralmente indesejáveis, sem justificativa para tal progressão. Marcos e Clara não estão dizendo que a astrologia, ao funcionar nesses casos, levará a uma série inevitável de previsões corretas, mas sim que ela simplesmente funciona com base na relação temporal dos eventos.
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Generalização apressada, porque eles estão tirando conclusões amplas sobre a astrologia com base em apenas duas experiências pessoais.Embora o caso possa envolver generalizações precipitadas, essa não é a falácia central aqui. A "generalização apressada" acontece quando se tira uma conclusão geral com base em uma amostra pequena ou insuficiente. Mesmo que eles estejam tirando uma conclusão sobre a astrologia a partir de poucos casos, a raiz do problema em suas afirmações está mais próxima do "post hoc" do que da generalização apressada.
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Apelo à ignorância, porque eles estão sugerindo que, como ninguém provou que a astrologia não funciona, ela deve ser verdadeira.Essa alternativa está incorreta. A falácia do "apelo à ignorância" ocorre quando alguém afirma que algo é verdadeiro apenas porque não foi provado como falso, ou vice-versa. Marcos e Clara não estão afirmando a eficácia da astrologia simplesmente porque ninguém comprovou sua ineficácia, mas sim porque eles interpretaram eventos subsequentes como confirmação das previsões astrológicas.
Lucas: Concordo, mas e se alguém estiver levando uma pessoa ferida ao hospital? Não seria aceitável ultrapassar o limite de velocidade nesse caso?
Joana: Não. Se a lei diz que não pode ultrapassar o limite de velocidade, não importa a situação. Mesmo nesse caso, a pessoa deve respeitar as regras.
Que tipo de falácia Joana comete ao insistir que, mesmo em uma emergência, o limite de velocidade não deve ser ultrapassado?
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Falsa analogia, porque ela está comparando diferentes tipos de infrações de trânsito sem considerar a importância de cada uma no contexto.Esta alternativa está incorreta. A falsa analogia ocorre quando alguém compara duas coisas que não são suficientemente semelhantes para justificar a conclusão tirada, mas não é o caso aqui. Joana não está comparando diferentes infrações de trânsito; ela está aplicando uma única regra de maneira rígida sem considerar as circunstâncias excepcionais. Portanto, a falácia que ela comete é a falácia do acidente, não a de falsa analogia.
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Generalização apressada, porque ela está tirando conclusões amplas sobre as regras de trânsito com base em uma situação específica.Esta alternativa está incorreta. A generalização apressada é uma falácia que envolve tirar conclusões amplas com base em uma quantidade insuficiente de exemplos ou dados. No diálogo entre Joana e Lucas, não é isso que está acontecendo. Joana não está tomando uma amostra pequena ou insuficiente para fazer uma generalização sobre as regras de trânsito; ela está aplicando rigidamente uma regra geral sem considerar a excecionalidade da situação, que é o caso clássico de falácia do acidente.
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Falácia do acidente, porque ela está aplicando uma regra geral de forma rígida e inadequada a uma situação excepcional, sem levar em conta o contexto de emergência.Essa é a alternativa correta. Joana está cometendo a falácia do acidente, que ocorre quando uma regra geral é aplicada a uma situação excepcional de maneira inadequada. No contexto da filosofia, uma regra que geralmente se aplica pode não ser apropriada em circunstâncias especiais, como em emergências. Joana está ignorando o fato de que, às vezes, as regras rígidas precisam ser reavaliadas quando condições extraordinárias exigem uma exceção, como no caso de uma emergência médica em que ultrapassar o limite de velocidade pode ser necessário para salvar uma vida.
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Apelo à autoridade, porque ela está usando a autoridade da lei de forma absoluta, sugerindo que a lei deve ser seguida em qualquer situação, já que é a lei.Esta alternativa está incorreta. O apelo à autoridade é uma falácia que ocorre quando se atribui autoridade a uma fonte irrelevante ou a uma autoridade que não é especialista no assunto específico. No caso de Joana, embora ela se refira à autoridade da lei, ela está cometendo a falácia do acidente, porque sua falha está em aplicar a regra geral da lei de trânsito a uma situação especial (a emergência) sem levar em conta a possibilidade de exceções.
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